Na tarde do dia 17 de novembro, a quadra do Bairro Cajuru recebeu a Oficina de Capoeira, parte da programação do Festival As 110 Primaveras de Carolina, que celebrou a vida e o legado de Carolina Maria de Jesus.
A oficina, conduzida pelo Mestre Ederson da Silva, reuniu dezenas de participantes em uma atividade que foi muito além de uma simples aula de capoeira. Coordenador do grupo Raça Brasil e do projeto Ginga Sacramento, Mestre Ederson trouxe sua experiência de mais de 20 anos para engajar crianças, jovens e adultos na prática dessa manifestação cultural, símbolo de resistência e identidade afro-brasileira.
Uma aula de história e cultura
Logo no início da oficina, Mestre Ederson destacou a importância da capoeira como uma herança histórica e cultural, nascida da luta dos povos escravizados por liberdade e preservada até hoje como um símbolo de resistência.
“A capoeira é mais do que um esporte. É a nossa história contada em forma de movimento, música e arte”, afirmou.
Os participantes aprenderam os movimentos básicos da capoeira, como a ginga e alguns golpes de ataque e defesa, sempre ao som do berimbau, pandeiro e das cantigas tradicionais entoadas com entusiasmo. O clima foi de alegria e conexão, proporcionando a todos uma experiência que mistura ritmo, disciplina e cultura.
A comunidade em destaque
A quadra do Bairro Cajuru recebeu diversas crianças, algumas tímidas, observando de longe, e outras, mais desinibidas, que rapidamente entravam na roda e interagiam, integrando-se a um novo espaço de aprendizado coletivo.
“É emocionante ver tantas crianças reunidas em torno de algo tão nosso. Atividades como essa fortalecem nossa cultura e a comunidade”, comentou Eliana Garcia, coordenadora do projeto e participante da atividade.
Celebrando Carolina Maria de Jesus
Integrada ao Festival As 110 Primaveras de Carolina, a oficina também homenageou o legado de Carolina Maria de Jesus, uma das maiores representantes da literatura periférica brasileira. Assim como a capoeira, Carolina simboliza resistência, força e conexão com as raízes do povo brasileiro.
Um legado que se expande
Ao final da oficina, Mestre Ederson destacou a importância de levar a capoeira para mais espaços como o Bairro Cajuru. “Essas atividades mostram que a capoeira é para todos. É esporte, é arte, é educação. A cultura tem um papel transformador, e é isso que buscamos compartilhar com cada pessoa que participa”, concluiu.
A Associação Companhia Movimento Cênico agradece a cada pessoa que esteve presente. Agradecemos também ao subsecretário de Cultura, Luiz Alberto, pelo apoio ao evento.
A Associação Companhia Movimento Cênico é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, fundada em 29 de janeiro de 2011
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Sacramento/MG