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Casarão de Benjamin Augusto Vieira

A história do Casarão de Benjamin Augusto Vieira é fascinante e revela sua importância histórica como uma das autênticas construções coloniais ainda preservadas na cidade: construído provavelmente no último quartel do século XIX, este casarão está localizado em uma rua que servia como entrada e saída de carros de bois que se dirigiam a Uberaba e região. Inicialmente, o casarão desempenhou papéis variados, ora servindo de ponto comercial ora atuando como residência, sendo o proprietário Benjamin Augusto Vieira.

O registro mais antigo deste imóvel data de 1890, quando aparece nos livros de Impostos de Indústria e Profissão da firma de Benjamin Maurício & Goulart. Em 27 de fevereiro de 1890, obteve um Alvará de Licença, registrado sob o mesmo nome, indicando sua função comercial com o número 27, folha 23.

No entanto, a partir de 1909, o casarão sofreu intervenções significativas, incluindo a adição de cômodos e a construção de paredes internas destinadas à subdivisão do espaço.

Este casarão é notável por ser uma das poucas casas coloniais que ainda conservam suas características originais e, por essa razão, em 2006, foi oficialmente tombado como patrimônio histórico municipal, ato técnico e administrativo que consolida sua significativa importância na arquitetura local.

O casarão, em estilo colonial, possui uma fachada simétrica com três portas, três janelas e uma porta convertida em janela. A construção é feita de adobe e madeira de lei, com enquadramento de janelas, portal de madeira maciça e beiral forrado de madeira. As fachadas apresentam grandes aberturas, esteios e vigas aparentes com cores diferenciadas, paredes brancas e beirais com cimalhas. Destaca-se, na fachada principal, a porta almofadada como a via de acesso mais importante; intervenções posteriores, entretanto, afetaram as outras fachadas, o que veio prejudicar a harmonia original.

Por ter sido minimamente afetado em sua estrutura primitiva, este casarão é um verdadeiro tesouro arquitetônico que preserva a memória e a cultura da região; sua preservação é, portanto, de grande importância para as gerações futuras.

Este texto faz parte do Projeto 'Arquitetura e Memória: Inventariando o Patrimônio Edificado de Sacramento', que tem como objetivo divulgar a história das edificações de valor cultural e arquitetônico em Sacramento.

Referências:
CERCHI, Carlos Alberto. Memória Fotográfica de Sacramento: 1900-2000. Uberlândia MG: Gráfica Brasil. 2004.


Cultura Sacramento. Casarão de Benjamin Augusto Vieira (Omar Cirilo), Sacramento, 03 de agosto de 2021. Disponível em: https://culturasacramento.com.br/casarao-benjamim-...; acessado em 01 de dezembro de 2024.
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