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Maria das Graças Gerolim Nunes

Projeto Talentos da Escrita

Professora de educação artística e literatura, a escritora Maria das Graças Gerolim Nunes é uma das nossas homenageadas pelo projeto “Talentos da Escrita: Revelando os Escritores de Sacramento”.

Maria das Graças Gerolim Nunes é filha de José Gerolim e Maria de Lourdes Gerolim; ela nasceu em Perdizinha, Minas Gerais, no dia 14 de julho de 1948. É a filha caçula do casal, que teve mais duas filhas: Terezinha Luzia Zandonaide e Celina Gerolim.

Aos 5 anos de idade, Maria das Graças se mudou para Sacramento, onde reside até hoje; ela realizou seus estudos na Escola Estadual Cel. José Afonso de Almeida, onde estudou desde a 1ª. série do curso primário até ao curso magistério. Destacava-se sempre como aluna exemplar, dedicada, participativa; levava os estudos muito a sério, com muito interesse e responsabilidade. Dessa época, ela guarda lembrança carinhosa de duas mestras que a marcaram como exemplo de inspiração: Dona Glória Gomides (1º a 4º séries) e Irmã Benigna (magistério).

Desde criança já se notava a sua vocação nos brinquedos de escolinha com amiguinhas ou bonecas; tinha um ideal: ser professora, dar aulas. E este sonho começou a concretizar-se; formou-se como professora aos 17 anos de idade, no ano de 1965. A primeira escola onde lecionou foi a Escola Estadual Dr. Afonso Pena Júnior, no período noturno, no curso denominado Educação Integrada.

Nomeada para a Escola Estadual Barão da Rifaina, foi nessa escola que exerceu a maior parte da sua missão como professora. A princípio ministrava aulas de 1ª a 4ª série no curso primário; mas, com o passar do tempo, exerceu várias funções além de regente de turmas de 1ª a 4ª série; foi bibliotecária, vice-diretora e diretora.

Sentindo a necessidade de aumentar os seus conhecimentos e de se especializar na matéria com a qual mais gostava de trabalhar, iniciou o curso de Educação Artística na Universidade de Franca, a UNIFRAN. Foram 5 anos divididos entre o trabalho como professora e a vida de estudante na faculdade; ela fazia parte da 1ª. turma, a pioneira, de estudantes universitários que todas as noites viajavam a fim de realizar os seus estudos em Franca. Isso não era fácil, mas força de vontade e determinação sempre foram características bem visíveis no caráter de Maria das Graças.

Tendo se formado no curso de educação artística, ela também concluiu na UNIFRAN o curso de Desenho Industrial. Uma vez terminado o curso superior passou a ministrar aulas especificas de educação artística que, naquela época, passaram a fazer parte do currículo escolar de 1ª a 8ª séries, também na Escola Estadual Barão da Rifaina, que foi contemplada com a extensão de séries e mudança para um prédio novo e maior. Para Maria das Graças, a melhor época de sua atuação como professora foi quando trabalhou com as crianças nas aulas de educação artística, nas turmas e 1ª a 4ª séries, incentivando a criatividade dos alunos, observando e valorizando as diversas formas de expressão deles. Como resultado desse trabalho, eram realizadas, todo final de ano, sob a gestão de Leda Amaral como diretora, “exposições de arte”  que entusiasmavam e alegravam os alunos, pais e professora. Os trabalhos expostos eram feitos pelos alunos nas aulas de educação artística, utilizando material de sucata.

Umas das reclamações de Maria das Graças é que, infelizmente, as aulas de artes foram sendo retiradas dos currículos aos poucos; as primeiras turmas que ficaram sem essas aulas foram as séries iniciais, de 1ª à 4ª série; isto, na opinião de Maria das Graças foi uma grande falha, pois é quando a educação artística se faz mais necessária. Depois, transferida para a Escola Estadual Cel. José Afonso de Almeida, ministrou aulas de educação artística nessa escola também; e lá se aposentou no primeiro cargo.

 

Como professora de literatura na Escola Estadual Barão da Rifaina, Maria das Graças fez das suas aulas um prolongamento da educação artística. A arte se fazia presente na Sessão Litero- Musical, aulas mensais acompanhadas de atividades culturais. Maria das Graças destaca uma atividade que ela realizou com os alunos, nas aulas de literatura: os alunos criavam seus textos; os melhores eram selecionados; faziam, então, sob a orientação da professora, a experiência de criar livros de autoria deles; o que era motivo de alegria e entusiasmo.

Outra atividade relacionada com as aulas de literatura foi uma experiência vivida pela própria professora: ela criou poemas para serem usados na escola pelos alunos. Assim surgiu o primeiro livro de poemas escrito e ilustrado por ela mesma: “Poetando”. Este livro foi lançado no ano de 2000, na Casa de Cultura Sérgio Pacheco, ocasionando alegria e emoção. O segundo livro de sua autoria, igualmente ilustrado por ela, “Poemas Azuis”, teve seu lançamento em 2004, na Escola Estadual Barão da Rifaina, quando houve renovação da alegria vivida anteriormente.

Foi então que surgiu para Maria das Graças uma nova atividade: ela foi convidada para ilustrar, três livros de autoria da sua irmã Teca Zandonaide; e também um livro do autor uberabense Celso de Almeida Afonso. Ilustrar livros é o hobby que lhe permitiu exercitar a arte do desenho, que sempre lhe deu muito prazer.

Nos anos 70 um acontecimento marcou a vida de Maria das Graças: seu pai, José Gerolim, conhecido como “Juca”, prático em farmácia, comprou uma farmácia em Uberaba, em sociedade com outro prático em farmácia: Hélio Nunes de Aguiar. Essa farmácia foi transferida para Sacramento sob a denominação de Farmácia Nossa Senhora Aparecida. E foi assim, trabalhando na farmácia com seu pai, que Maria e Hélio se conheceram; o romance começou e durou; se casaram em 1980.

Hélio e Maria são pais de Bianca Gerolim Nunes, fonoaudióloga, que reside em Uberaba e trabalha no Hospital Escola;  é casada com Rodrigo, arquiteto uberabense; os dois são pais de Sophia, a netinha que é o encanto do vovô Hélio e da vovó Maria.

Maria das Graças atuou como secretaria na Escolinha Tio Tofe, APAE de Sacramento, na gestão de Marli Jerônimo Scalon. Além de professora, ela desempenha também outros papéis; é mãe exemplar, sempre presente; filha amorosa e esposa dedicada a todos os momentos.

Aposentou-se no 2º cargo como professora de educação artística na escola Barão da Rifaina;  foram mais de 40 anos de trabalho dedicado à educação.

Tendo exercido a sua profissão com alegria, entusiasmo e amor, Maria das Graças gosta de lembrar também como era prazerosa a convivência com os professores e com todos os funcionários; lembra-se do ambiente saudável da escola, da troca de experiência com os amigos e do compromisso de oferecer aos alunos o melhor do conhecimento.

Maria das Graças considera que se realizou como professora. A doação em sala de aula, o bom relacionamento entre professora e alunos, o ambiente de respeito e amizade onde o conhecimento era transmitido com prazer e tranquilidade, tudo isso contribuiu para aquela realização; além disso são muitos os ex-alunos que ocupam um cantinho no seu coração. 

Hoje, numa retrospectiva da sua história, ela acrescenta: “O sentimento que brota neste momento é o de gratidão, de agradecimento a Deus pela vida, a família, as pessoas, o trabalho, as oportunidades, as dificuldades vencidas, erros e acertos, alunos e colegas, amizade e carinho... Enfim, quero agradecer por ter tantos motivos para agradecer.”

Fonte

Prefeitura Municipal de Sacramento – texto editado pela equipe do projeto “Talento da Escrita: Revelando os Escritores de Sacramento”.

A Associação Companhia Movimento Cênico é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, fundada em 29 de janeiro de 2011

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