Projeto Talentos da Escrita
“Ser é a maior palavra que existe e ‘ter’, a menor. Nestas Crônicas, procuro demonstrar isso. O espiritual é mais importante do que o natural. Este, nós enxergamos; o espiritual, não. Nas profundezas do natural, esforço-me para descobrir, ter conhecimento e amar o Ser”.
José Américo de Souza, popularmente conhecido como Zéte, filho de Antônio Alves de Souza e Anália Afonso de Souza nasceu em Sacramento em 09 de março de 1931.
“José Américo teve sua infância vivida (na verdadeira acepção da palavra) na Fazenda Borá onde está a nascente principal do Ribeirão Borá, também manancial de inspiração do cronista revelado em notáveis peças literárias de estilo ameno e delicado” (SOUZA. 2007).
José Américo casou- se com Whanda de Minas e Souza com quem teve seis filhos: Luiz Antônio de Minas e Souza, Pedro Américo de Minas e Souza, Ana Lúcia de Minas e Souza, Andréa Cristina de Minas e Souza, João Fernando de Minas e Souza e Paulo José de Minas e Souza.
Zéte era homem simples e dotado de princípios, tendo suas atitudes pautadas pelo amor, solidariedade e fé. Caridoso, estava sempre se espelhando em ações benevolentes, tendo como principal referência a obra do Criador: “Se o grão de trigo cair na terra e não morrer, ficará estéril, mas, se morrer, produzirá muito fruto” [cf. João, XII, 24]. Somente uma vida pautada pela caridade pode ser considerada verdadeiramente cristã.
José Américo gostava de ler e escrever; ele lia a Bíblia e literatura clássica; na literatura brasileira e no conto, seu gênero preferido, apreciava em especial: "A hora e a vez de Augusto Matraga", do escritor Guimarães Rosa. Como escritor, José Américo cultivava com prazer o conto e a crônica. Sua maneira de ver o mundo, seus valores e crenças, foram eternizados na história de Sacramento com a publicação das obras: “Ribeirão Borá” (1996); “Crônicas- [dedicado aos meus netos e netas]” (1998); e “Virtudes, Contos e Crônicas” (2007).
Na escrita, “Zéte extravasa todo o seu sentimento de respeito às ideias mais estimadas por sua geração, que sabia cultuar valores humanos permanentes, pelos quais ele também lutou e venceu” (SOUZA. 1996).
José Américo faleceu em 02 de julho de 2019, deixando um precioso legado literário, que foi eternizado através da publicação de suas obras.
É, portanto, com profunda satisfação, que a Associação Movimento Cênico homenageia o poeta José Américo de Souza com a publicação de sua biografia no projeto “Talentos da Escrita: Revelando os Escritores de Sacramento”.
Referências
SOUZA, José Américo de. Ribeirão Borá. Uberaba: Vitória, 1996.
SOUZA, José Américo de. Crônicas: Dedicado aos meus netos e netas. Uberaba: Vitória, 1998.
SOUZA, José Américo de. Virtudes: Contos e Crônicas. Sacramento: Bertolucci, 2007.
Sobre a autora:
Eliana Garcia Vilas Boas é formada em História pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) e Pós-Graduada em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde pela Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). É Gestora Cultural, e atualmente trabalha na Secretaria de Cultura da cidade de Sacramento. É também membro da Associação feminista Coletivo Bitita, da Associação Companhia Movimento Cênico, fundadora da Embaixada Politize Sacramento e redatora no projeto “Sacramento: Cultura, História, Patrimônio, Conhecimento e Arte”. A profissional já atuou como pesquisadora em vários projetos, entre eles: “Vida por escrito: organização, classificação e preparação do inventário da obra de Carolina Maria de Jesus" e na exposição “Um Brasil para os Brasileiros”, realizada pelo Instituto Moreira Salles - SP.
Fonte
Texto: Eliana Garcia Vilas Boas
A Associação Companhia Movimento Cênico é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, fundada em 29 de janeiro de 2011
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